Alguns podem discordar, mas eu já imaginava que o Cruzeiro venceria o clássico, no último domingo (04). Como em um bom clássico, o jogo foi brigado e cheio de polêmicas. A raposa levou a melhor: bateu o Galo por 1 a 0, no Independência.
A estratégia do técnico Thiago Larghi era atuar nos contra-ataques, consequentemente perdeu posse de bola para o rival. Já Mano Menezes apostou em Raniel para manter um jogador com mais força na frente. A partida teve ainda uma expulsão: Edilson recebeu o segundo cartão amarelo aos seis minutos do segundo tempo e deixou o Cruzeiro com um jogador a menos.
A expulsão gerou muita discussão. Há quem defenda qu
e Edilson não merecia receber o primeiro cartão amarelo, quando se estranhou com Otero, aos 39 minutos da primeira etapa. No mesmo lance, Otero também foi advertido com cartão. O que acontece é antes deste lance, os dois jogadores já tinham se estranhado e recebido um ultimado do juiz. Portanto, o juiz acertou em dar o cartão amarelo.
A outra polêmica foi envolvendo o zagueiro Léo e o atacante Ricardo Oliveira. Os atleticanos estão reclamando, e com razão, sobre a falta cometida pelo camisa 3 celeste. A diretoria alvinegra, inclusive, deve apresentar nos próximos dias, uma reclamação formal na Federação Mineira de Futebol. A agressão existiu e não foi marcada pelo árbitro. Os vídeos comprovam isso! Cabe à FMF, punir ou não o jogador. Vamos aguardar.
É claro que perder um clássico nunca é bom. A derrota deixou o time com a pior campanha na primeira fase do Campeonato Mineiro, desde 2005: são nove partidas e apenas 12 pontos conquistados. E um detalhe: o máximo de pontos que o Galo pode alcançar nesta primeira fase é de 18 pontos.
Quando disse que já imaginava a vitória do Cruzeiro é justamente porque os clubes vivem momentos diferentes. O Atlético vive uma fase de reestruturação, que acaba interferindo nos resultados dos jogos, afinal, enquanto a diretoria celeste montou um plantel para tentar o título de campeão da América, a diretoria do Galo optou por reforços pontuais, mas que não enchem os olhos das arquibancadas.
Os objetivos da nova cúpula do Atlético eram dois: rejuvenescer o elenco e enxugar a folha de pagamento. E isso foi feito! Como disse, o Galo passa por uma reestruturação e para isso é preciso paciência. Sei que futebol é resultado, mas para “colocar a casa em dia”, é preciso se organizar e trabalhar em um projeto a longo prazo. Entendo que o torcedor é movido a paixão, mas precisamos dar um voto de confiança para o presidente Sérgio Sette Câmara.
Não há motivos para tanto desespero, mas também não se pode esperar um ano tão promissor!
Tamo junto e até a próxima!